Menores

Queridos irmãos e irmãs em Cristo. Estamos celebrando neste domingo o 30º Domingo do Tempo Comum. Na nossa caminhada de vida temos trevas e parece tudo sem sentido e essa cegueira nos paralisa. Falta apenas 4 domingos para terminar o ano litúrgico. É hora de repensar a nossa trajetória deste ano e se preparar para o Advento do Senhor. O ano de 2025 vem como o ANO SANTO, a esperança em Deus nunca pode desfalecer em nós.

No livro de Jeremias nos fala de sinal de luz e esperança para um povo sofrido que estava no exilio. Já fazia 400 anos. Deus teve compaixão e veio em socorro deles. "Coxos e cegos, mulheres grávidas e que deram à luz" retornam à pátria,

Guiados por Deus, que cuida deles com cuidados de pai.  Deus sempre está ao lado do povo sofrido e esquecido pela sorte. Deus tem compaixão deles. A esperança e a confiança em Deus são coisas primordiais para que tenhamos novamente a alegria de ser lembrado por Deus. (cf. Jr 31,7-9)

Na carta ao Hebreus nos mostra Jesus como sumo sacerdote, que é o sumo pontífice entre nós a Deus. Jesus é o mediador, a ponte entre a humanidade de Deus. Esse é o grande consolo. Jesus teve compaixão do ser humano em relação a Deus pai. Isso é esperança nova. (cf. Hb 5,1-6)

No evangelho de Marcos nos fala da cura do cego Bartimeu. Ele mendigava e tinha a segurança do seu manto que era também a sua cama. Ele ouviu que Jesus estava vindo, criou a coragem e gritou com a confiança, reconhecendo Jesus como Deus, e pede para ter a piedade dele. Ele tinha confiança plena e isso se traduz na fé.

Jesus estava a caminho a Jerusalém, onde iria sofrer a maior injustiça do mundo contra Ele que deveria ser morto cruelmente por uma farsa de julgamento. O poder que não serve aos homens, mas mata. O que ainda nos chama a atenção é que os apóstolos estavam cegos na fé em Jesus, pois não aceitavam a cruz. E hoje isso acontece, muitos querem seguir Jesus mas não querem a cruz de Cristo. Abandonam na primeira fazer de sofrimento que a existência humana chega até nós. A luz da visão é necessária para a fé.

Filho de Davi é título messiânico, Jesus manda chamar esse homem que antes tinham os apóstolos o impedido. Ele foi e Jesus fala o queres de mim, mas o cego que o de a visão. Assim que recebeu a graça da visão corporal e da alma, começou seguir Jesus com alegria, a fé nos impulsiona a Cristo. (cf Mc 10,46-52)

A Igreja encerra hoje o sínodo. A igreja toda é sinodal. Ela não pode ser estática e nem ostensiva, mas humilde e que tenha compaixão de todos que sofrem a guerra, a fome, às ditadura e a falta de misericórdia com que passam fome e de saneamento básico. O ser humano é imagem de Deus e para isso deve ser respeitada nesta dignidade de filhos de Deus em Jesus Cristo.

Hoje celebramos a jornada mundial da juventude. Os jovens precisam ser acolhidos e compreendidos e assim podemos ajudá-los.

Que esta liturgia nos ajude a ter fé e compaixão aos que mais sofrem neste. Sejamos missionários da esperança e cura aos que mais precisam, libertando-os de todo mal em nome de Jesus.

 Missionarius Christi semper

 Jose B. Schumann

  Autoridade, não é privilégio, mas serviço desinteressado aos outros

 A palavra de Deus está ao alcance em Jesus Cristo

Faltam oito domingos para terminar o ano litúrgico de 2024.

No livro dos Números nos mostra que a Palavra de Deus não é exclusividade de ninguém. Moisés já idoso sente-se incapaz de dirigir o Povo de Deus. Assim Moisés diz: "Sozinho não posso mais carregar esse povo". Deus não deixa sem alguém, para dizer a sua Palavra. Então foi escolhido 70 homens para continuar com Moisés. Eles são aptos depois do derramar do Espírito sobre eles.

Mas dois não estavam com eles, mas começaram a profetizar, porém alguém, Josué do grupo manda-os calar, mas Moisés diz: "Oxalá todos recebessem o Espírito e profetizassem!" . Moisés não sente ciúme e fica feliz por ter alguém para ajudá-lo na missão de falar ao Povo. (cf. Nm 11,25-29)

Interessante essa atitude de Moisés, ele não quer ser ele o único a falar com o povo e e permite que outros o ajude. Infelizmente muitos querem ser donos da Palavra e não permite a partilha e nem ficar compartilhando a missão. A palavra de Deus deve ser dirigida a todos  e devemos pedir sempre a Deus que venha muitos pregadores ungidos por Deus.

Pelo batismo somos todos capacitados para ser missionário da Palavra de Deus e que ela seja difundida e nunca engaiolada por grupos que se acham ter o monopólio dela. Pelo batismo somos sacerdotes, profetas e reis segundo a vontade de Deus.

Na carta a Tiago temos a denúncia dele sobre acúmulos de riquezas de alguns à custa da miséria de muitos. Isso é terrível muitos passam fome e são explorado por salários indignos, com moradias insalubres e em lugares sem nenhuma condições de saúde, transporte, educação e saúde. (cf. Tg 5,1-6)

O evangelista narra a experiência dos apóstolos na missão e não consegue expulsar o espirito mundo de uma pessoa, mas alguém que não era do grupo consegue. Os discípulos ficam aborrecidos e contam  isso a Jesus, mas Jesus rejeita essa posição deles falando:  "Não lhe proíbam... Quem não está contra, está a nosso favor". (cf. Mc 9,38-43.47-48)

Com essa afirmação de Jesus podemos dizer que a palavra de Deus não é monopólio de Igrejas, de religião ou de qualquer meio de difusão. O nome de Jesus não tem registro de patente, mas em nome dele podemos agir de acordo com a vontade de Deus.

O Papa Francisco nos orienta que "devemos ser amigos de Jesus, não donos". Outras denominações falam de Jesus e isso nos diz que eles são parceiros na missão do Reino de Deus.

Não podemos ser fanáticos achando que somos donos da verdade de Deus e não deixando que outros participem da missão da Palavra de Deus a todos.

Que esta liturgia nos ajude a valorizar a Palavra de Deus e ser amigo de Jesus na difusão do Evangelho da vida sem proibir ninguém desta missão.

Jose B. Schumann Cunha

Missionarius Verbi Dei