A Igreja é na sua essência a vivencia do amor ágape que transcende para o bem maior da pessoa humana. Ela cuida da cura da alma através da administração dos sacramentos e da celebração eucarística e também se faz presente na ajuda aos mais necessitados, aos doentes, idosos, indefesos e das crianças preservando a sua vida desde o ventre. Ela é a voz dos fracos, dos desvalidos e de todos que querem seguir Jesus com coerência de vida cristã.


Existem muitas obras no Brasil, onde as paróquias conseguiram ajudas importantes para construção de capelas, de centros comunitários e salões que foram de grande valia. É a mão samaritana da Igreja através de varias instituições católicas como por exemplo a Adveniat.

Em uma carta de agradecimento a Adveniat em seu 50º aniversário é dito: “A colaboração com o Reino de Deus tem uma dimensão essencialmente espiritual”, destacou Bento XVI em uma carta de agradecimento a Adveniat por ocasião do 50º aniversário desta obra alemã que ajuda a América Latina. “No Pai Nosso, Cristo nos ensina a rezar pela vinda do Reino; não o podemos fazer sem sentido, porque é sobretudo um dom, indica a mensagem, dirigida ao presidente da obra caritativa e bispo de Essen, Dom Franz-Josef Overbeck” (1).


Segundo o Pontífice, “o Reino de Deus e a obra de Cristo caminham juntos. E avançam onde, através do anúncio da Boa Notícia e a celebração dos sacramentos, verifica-se o encontro com Ele, o Redentor e Salvador dos homens”. “Ele mesmo é a fonte de paz e o doador de salvação – acrescenta, em referência a Cristo. Ele não permite que o nosso esforço social permaneça materialmente, de forma exterior e vazia, mas o cumula com espírito e vida.” Precisamente Adveniat (em latim, “venha”) deve seu nome à súplica do Pai Nosso “venha a nós o vosso Reino” e mostra o objeto e finalidade da obra: “uma evangelização libertadora em solidariedade dos católicos alemães com os povos e a Igreja na América latina e no Caribe” (1).

Bento XVI quis agradecer vivamente à Ação Episcopal Adveniat, que ajuda as populações desfavorecidas dessa região americana há 50 anos. Na missiva, datada de 4 de outubro, Bento XVI recorda a fundação desta obra: “Durante o tempo do Advento de 1961, os bispos alemães destinaram, pela primeira vez, a coleta de Natal, realizada no território nacional, aos projetos pastorais da Igreja na América Latina”. “Desta fiel relação entre a Igreja alemã e os irmãos e irmãs do sul e da América Central, nasceu a Obra de Ajuda Adveniat”, recordou. Segundo o Pontífice, “Adveniat permite que o rosto de Cristo, humano e divino, resplandeça cada vez mais na América Latina e coopera decididamente no desenvolvimento de uma sociedade vital e digna de ser vivida na justiça e na paz”. E acrescentou que, “por meio de inúmeros projetos socioeducativos e de programas de formação, as pessoas pobres e sem recursos receberam um grande apoio” (1).


Assim, podemos dizer com o nosso papa que a caridade transcende continentes e pessoas para dar mais dignidade a povos pobres que precisam de ajuda material e espiritual para ter mais dignidade e um bem que os elevam como pessoa. Nós não podemos deixar de ajudar os que mais precisam, pois muitas vezes são esquecidos numa sociedade materialista e capitalista que visa apenas os lucros e não o valor da pessoa. A Igreja surge com a mão samaritana sem descriminar raças, religião ou situação social. Os pobres são os primeiros que devem ter atenção das autoridades e das pessoas que querem ser autênticos seguidores de Cristo. A Evangelização se faz presente no testemunho cristão que age para o bem comum de todos. Desse modo o Reino de Deus é vislumbrado entre nós na justiça e na paz para todos. Amém!



Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha 29-10-2011

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