Quando partilha o pão ninguém passa fome
Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando no dia 28/7 o 17º Domingo do Tempo Comum, já estamos na metade do ano litúrgico. A fome é a realidade em muitos lugares no mundo, principalmente no Brasil. Esta realidade cruel nos assusta. Por que será que tem gente passando fome? Muitas vezes é o egoísmo e a ganância dos poderosos e ricos deste mundo que essa realidade terrível acontece. Exploram trabalho e pagam míseros salários aos que trabalham e fazem a riqueza de cada país.
Deus é providente e nos convida a partilhar o pão da vida com todos. O nosso Deus é o da vida em abundância para todos. Hoje há diversos modos de termos fome que são de amor, de justiça, de paz e esperança. O mundo está mergulhado no ódio e na vingança.
No livro do Segundo Reis nos mostra que o profeta Eliseu recebeu 20 Pães de cevada, que era o pão das primícias, ele não fica para sim esse alimento e manda repartir ao povo faminto. Quem serve pergunta: "Mas como? É tão pouco para 100 pessoas." Mas o profeta garante que quando se reparte, todos comem e ainda sobra. Assim ele diz: "Dá... todos comerão e ainda sobrará…". (cf. 2 Rs 4,42-44)
A certeza da partilha acontece o milagre da multiplicação. Como que é preciso que aconteça isso no nosso meio. Aqui podemos afirmar que o fruto do trabalho representado pelos pães da primíssima torna-se dom no gesto de Eliseu de mandar partilhar com o povo faminto. O milagre acontece.
Na carta aos Efésios nos mostra como dever a nossa atitude diante do Banquete do Senhor. O modo de agir na paz com todos, buscando a unidade, pois essa é a nossa vocação recebida por Cristo no Batismo. Devemos ser pessoa da Igreja do pão partilhado na harmonia de irmãos e irmãs que reúne no amor de Cristo na comunidade cristã. (cf. Ef 4,1-6)
O evangelista João nos mostra no capítulo 6, aqui vamos refletir e pensar na multiplicação dos pães feita por Jesus. E vamos ter a oportunidade de ver o sermão do Pão da vida. O povo sedento da Palavra de Cristo, sente fome de Deus e também do pão material. Essa multidão procura Jesus e ele teve compaixão deste povo.
Jesus questiona os discípulos com a pergunta: "Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?", mas Filipe respondeu: "Nem duzentas moedas são suficientes…" André tem uma solução humana que diz: "Um menino tem 5 pães e 2 peixe… mas o que é isso?" Jesus nos mostra a solução certeira que acredita na partilha e na multiplicação. Assim Jesus fala: "Fazei-os sentar… tomou os pães, abençoou e distribuiu...". Assim se fez, todos comeram e se saciaram até teve sobra enchendo doze cestos.
Quando há partilha todos tem e não passam fome. O povo não entendeu o milagre e queria fazer de Jesus um rei, mas não é isso que Jesus quer. Ele se retira para a montanha, lugar onde Deus vem até ele e a nós também. (cf. Jo 6,1-15)
A fome no mundo é questão de justiça social. Se soubermos que ser seguidor de Cristo devemos aprender a saciar todo tipo de fome do povo. Não ficar recebendo e dando apenas cestas básicas que não resolvem a real situação social do povo. Muitas vezes somos tocados a ser um “samaritano de ocasião” sem realmente preocupar com a realidade do povo sofrido. Devemos aprender do gesto do menino que deu 5 pães e dois peixes e deste modo a partilha aconteceu.
Que esta liturgia faça de nós multiplicadores de dons que se faz presente na comunidade que partilha amor, a justiça, a fraternidade, a esperança e a fé.
Tudo por Jesus, nada sem Maria.! Servus Christi semper!!!
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